quarta-feira, 7 de maio de 2014

Surdocegueira e Deficiência Múltipla: entendendo esse desafio



                 Surdocegueira e Deficiência Múltipla: entendendo esse desafio

O contexto educacional inclusivo caracteriza-se por ser um espaço em que ocorre o acesso, a participação e a aprendizagem de todos os alunos, independentemente das potencialidades e dos comprometimentos apresentados pelos mesmos, sejam estes de natureza cognitiva, motora, emocional, neurológicas ou outras.
            Assim, no âmbito educacional é imprescindível o entendimento das diferentes deficiências ou síndromes de alguns educandos, pois cada característica exige uma metodologia e estratégias adequadas para garantir a inclusão de todos.
            Nesse interim, importa destacar as diferenças entre Surdocegueira e Deficiência Múltipla, para que no contexto educacional se percebam as necessidades básicas das mesmas, bem como as estratégias a serem utilizadas no processo educacional com os educandos que se enquadra em tais deficiências.
A surdocegueira se caracteriza por ser uma deficiência única, em que o indivíduo apresenta perdas auditivas e visuais. A Deficiência Múltipla, que é a associação de duas ou mais deficiências, o que requer intervenções pedagógicas de acordo com as deficiências apresentadas, pois ela pode se apresentar em diferentes associações: Física e Psíquica, Física e Sensorial, Sensorial e Psíquica ou Física, Psíquica e Sensorial.
            Esses educandos apresentam necessidades básicas, principalmente no âmbito da comunicação, sendo imprescindível que o professor saiba como o aluno estabelece comunicação com as pessoas, se o mesmo apresenta atitude de dependência ou autonomia e como é sua interação com os colegas. Portanto, para alunos que apresentam alguma limitação, em decorrência da surdocegueira ou deficiência múltipla, cabe ao docente o planejamento de intervenções pautadas no aprendizado e estímulo da linguagem, seja expressiva ou receptiva.
            Assim, os docentes devem considerar a forma particular de cada aluno em comunicar e expressar seus conhecimentos, suas ideias, seus sentimentos e necessidades, seja através do alguma forma de Comunicação Alternativa[1] e Aumentativa - CAA[2] (jogos educativos, gestos, expressões faciais, cartões de comunicação, pranchas alfabéticas e de palavras, computadores, vocalizadores, ampliações e outras) para alunos com comprometimento da fala, desde que estes recursos permitam a confirmação da aprendizagem, respeitando o estilo e o tempo de cada indivíduo.
Para este fim, é necessário que o professor viabilize, quando necessário, o uso de Recursos Pedagógicos Adaptados[3] e Recursos da Tecnologia Assistiva[4] de acordo com as necessidades específicas de cada aluno, para auxiliá-los na eliminação ou diminuição das barreiras (temporárias ou permanentes) impostas pela deficiência ou pelo meio.
Referências:
BOSCO, Ismênia C. M. G.; MESQUITA, Sandra R. S. H.; MAIA, Shirley R. Coletânea UFC-MEC/2010: A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar - Fascículo 05: Surdocegueira e Deficiência Múltipla (2010). 

[1] Procedimentos técnicos e metodológicos direcionado a pessoas acometidas por alguma doença, deficiência, ou alguma outra situação momentânea que impede a comunicação com as demais pessoas por meio de recursos usualmente utilizados, mas especificamente a fala.
[2] Área da Tecnologia Assistiva que se destina especificamente à ampliação das habilidades de comunicação (MEC, 2010).
[3] São recursos que englobam todas as formas de comunicação que possuem expressão lingüística na forma física e fora do corpo do usuário, como objetos reais, miniaturas de objetos, pranchas de comunicação com fotografia, fotos e outros símbolos gráficos e, ainda, os sistemas computadorizados.
[4] São recursos computacionais de hardware (equipamentos) e de software (programas) que auxiliam na promoção da funcionalidade de alunos com deficiência na realização das atividades escolares.

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